Para muitos, a vida é apenas uma sequência de dias, horas, acontecimentos, sem ciclos, sem términos e começos relevantes, sem muita coisa marcante.
Claro que isso é algo bem pessoal. Nem sempre nós contamos com o tempo, nem sempre esperamos terminar logo ou que algo especial possa começar de repente.
Somos bem gente. Meio metódicos ou todo espalhados, muito certinhos, meio perdidos, meio no meio de muita coisa, sem querer sair ou permanecer. Também nos fechamos e não deixamos, e ficamos ali trancados.
Em que situação nos encontramos? Estamos deixando a vida nos conduzir, estamos aceitando o ‘deixa fluir’, fazendo nossa parte, aceitando ou travando tudo? ‘Ah, eu fiz o que pude.’
Não aceitamos, não entendemos, não nos abrimos, não dizemos as verdades que precisam ser ditas, não respeitamos, não tentamos ou persistimos. Tantas vezes nos deletamos de muitas situações. E depois reclamamos.
Sabe aquela porta que ficou fechada ou entreaberta, à qual alguém poderia ter batido? O que houve? Medo, receio, preguiça, dúvida? Ah, a porta continua ali esperando ser aberta. Como as coisas vão entrar, se não temos coragem de virar a chave, mover a maçaneta?
Por portas abertas pela metade, só entrarão metades. E gostamos de coisas e pessoas por inteiro.
Nada de ficar do lado que não nos faz bem, não queremos ou aceitamos. Se algo não foi do jeito que planejamos, em algum aspecto, é só refletir sobre ele.Que porta não abrimos e, por consequência, esse algo não entrou? Que tal agora nos determinar, aproximar, olhar e abri-la de vez? A porta aberta pode ser a liberdade de nos permitir viver coisas que desejamos plenamente, porque ficar ali, à espreita, só espiando, muitas vezes, não tem graça nenhuma.
E, de vida sem graça, estamos cheios.
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